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Preservação da Fertilidade de Crianças com Doença Oncológica – Fertility Preservation for Children with Cancer

Introdução

Muitos homens que foram diagnosticados com uma doença oncológica consideram a preservação da fertilidade importante e gostariam de ter mais informação sobre as técnicas existentes. No entanto, podem

–       Não se sentir confortáveis para abordarem aspetos relacionados com a fertilidade.

–       Não ter consciência das opções existentes para preservarem a fertilidade.

–       Estar focados no seu diagnóstico de cancro e incapazes de refletir sobre a fertilidade ou a possibilidade de virem a constituir família no futuro.

Os homens podem arrepender-se, mais tarde, por não terem considerado aspetos relacionados com a fertilidade antes do início dos seus tratamentos oncológicos.

A compreensão das opções de preservação da fertilidade disponíveis e a referenciação dos doentes em risco para especialistas em Medicina da Reprodução, pode promover o ajustamento emocional destes doentes e a sua qualidade de vida futura.

Preservação da Fertilidade – Quando?

Figura adaptada de Brannigan RE. Cancer Treat Res. 2007;138:28-49.

a)   Conferir tabela abaixo.

b)  Conferir figura abaixo.

Iniciar o Diálogo

Pode não se sentir confortável para debater com os seus doentes os riscos de infertilidade associados à doença oncológica ou aos tratamentos oncológicos previstos. Estes pontos-chave poderão ajudá-lo a iniciar esta conversa:

–       A doença oncológica e os tratamentos oncológicos poderão afetar a sua fertilidade.

–       De acordo com o seu plano de tratamento, o seu risco de infertilidade é [alto, moderado, baixo].

–       Alguma vez ponderou a hipótese de ter um filho/mais filhos? Apesar de não ser este o seu desejo atualmente, vários doentes acabam por desejar ter pensado sobre esta hipótese quando podiam fazer algo para a tentar assegurar.

–       Existem opções para tentar preservar a sua fertilidade antes do início dos seus tratamentos oncológicos.

–       A doença oncológica, os tratamentos oncológicos ou as técnicas de preservação da fertilidade não irão prejudicar os seus futuros filhos (apesar de poder passar aos seus filhos o gene da sua doença oncológica caso seja hereditária, poderá ser possível fazer testes para o evitar) .

–       As técnicas de preservação da fertilidade não parecem aumentar o risco de recorrência da doença oncológica.

–       Posso referenciá-lo para um especialista em preservação da fertilidade, caso pretenda discutir mais pormenorizadamente as suas opções.

–       Recordo-o que, se não for possível preservar a sua fertilidade no momento, há outras formas de construir uma família depois de uma doença oncológica. Debater o assunto com um especialista pode ajudá-lo a explorar outras opções que sejam adequadas para si.

Opções de Preservação da Fertilidade

Existem duas opções bem estabelecidas para a preservação da fertilidade de homens com doença oncológica:

–       Criopreservação de espermatozóides antes do início dos tratamentos oncológicos

–       Proteção dos testículos da radiação durante a radioterapia

A Sociedade Americana de Oncologia Clínica e a Sociedade Americana de Medicina da Reprodução recomendam que, quando possível, os doentes em risco devem ser referenciados para um especialista em preservação da fertilidade antes de iniciarem os seus tratamentos oncológicos.

Será recolhida e analisada uma amostra de sémen dos homens que estejam interessados em preservar a sua fertilidade antes do início dos seus tratamentos oncológicos.

A figura seguinte ilustra as opções de preservação da fertilidade adequadas consoante nos resultados da análise da amostra de sémen recolhida.

Tratamentos Oncológicos e o Risco de Infertilidade

Em homens diagnosticados com cancro, o primeiro passo para a preservação da fertilidade é a avaliação do risco de desenvolvimento de infertilidade secundária aos tratamentos oncológicos planeados.

Os agentes quimioterapêuticos individuais e os protocolos com vários agentes estão associados a diferentes graus de risco de infertilidade.

A tabela seguinte classifica vários tratamentos oncológicos e protocolos terapêuticos em termos do risco que representam para a fertilidade futura dos doentes homens (definida pela azoospermia prolongada).

Fertile Hope também fornece uma calculadora de risco online que está acessível no seu Web site.

Risco de Infertilidade associado a tratamentos oncológicos e protocolos terapêuticos específicos

MOPP=mecloretamina/oncovina (vincristina)/procarbazina/prednisona

MVPP=mecloretamina/vinblastina/procarbazina/prednisona

COPP=ciclofosfamida/oncovina (vincristina)/procarbazina/prednisona

ChIVPP=clorambucil/vincristina (oncovina)/procarbazina/prednisona/etoposida/vinblastina/adriamicina (doxorrubicina)

EVA=etoposida/vinblastina/adriamicina (doxorrubicina)

ABVD=adriamicina/bleomicina/vinblastina/dacarbazina

BEP=bleomicina/etoposida/cisplatina

OEPA=oncovina/etoposida/prednisona/adriamicina (doxorrubicina)

NOVP=novantrone (mitoxantrone)/oncovina/vinblastina/prednisona

CHOP=ciclofosfamida/hidroxidoxorrubicina/oncovina/prednisona

COP=ciclofosfamida/oncovina/prednisona

Fontes

Para mais informação sobre o risco de infertilidade, técnicas de preservação da fertilidade em homens com doença oncológica e como localizar e referenciar os seus doentes para um especialista em preservação da fertilidade:

–       Visitar SaveMyFertility, um recurso do Oncofertility Consortium® e da The Hormone Foundation®

–       Visitar o website do Oncofertility Consortium®

–       Visitar o website Fertile Hope

–       Visitar o website da American Society for Reproductive Medicine

–       Visitar o website da The Hormone Foundation®

Referências

O Oncofertility Consortium® é uma iniciativa nacional e interdisciplinar projetada para explorar o futuro reprodutivo dos sobreviventes de doença oncológica.

A The Hormone Foundation®, a associada educational pública da The Endocrine Society®, é um recurso que pretende promover a prevenção, tratamento e cura de condições hormonais, através da sensibilização e educação da população em geral sobre a temática.

O desenvolvimento deste guia para profissionais de saúde foi apoiado por subsídios educacionais da Merck and EMD Serono.

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